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Atualmente nossa escola conta com vinte e três alunos diagnosticados com algum tipo de deficiência, síndrome ou transtorno.  Desses, seis possuem o Transtorno do Espectro do Autismo

De acordo com o Guia Prático: Autismo de Ana Maria S. Ros de Mello: 
 “O autismo é um distúrbio do desenvolvimento humano que vem sendo estudado pela ciência há quase seis décadas, mas sobre o qual ainda permanecem, dentro do próprio âmbito da ciência, divergências e grandes questões por responder.
Atualmente, embora o autismo seja bem mais conhecido, tendo inclusive sido tema de vários filmes de sucesso, ele ainda surpreende pela diversidade de características que pode apresentar e pelo fato de, na maioria das vezes, a criança autista ter uma aparência totalmente normal.
Ultimamente não só vem aumentando o número de diagnósticos, como também estes vem sendo concluídos em idades cada vez mais precoces, dando a entender que, por trás da beleza que uma criança autista pode ter e do fato de o autismo ser um problema de tantas faces, as suas questões fundamentais vêm sendo cada vez reconhecidas com mais facilidade por um número maior de pessoas.
Provavelmente é por isto que o autismo passou mundialmente de um fenômeno aparentemente raro para um muito mais comum do que se pensava.
O autismo intriga e angustia as famílias e a escola, pois a pessoa autista, geralmente, tem uma aparência harmoniosa e ao mesmo tempo um perfil irregular de desenvolvimento, com bom funcionamento em algumas áreas enquanto outras se encontram bastante comprometidas.
O autismo se diferencia do retardo mental porque, enquanto no primeiro a criança apresenta um desenvolvimento uniformemente defasado, no autismo o perfil de desenvolvimento é irregular e pode ser desafiadoramente irregular, deixando os pais, e muitas vezes também alguns profissionais, perplexos”.
O autismo também é uma desordem global do desenvolvimento. Em outras palavras, é uma alteração que afeta a capacidade da pessoa comunicar, estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente – segundo as normas que regulam estas respostas. 
Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento. 
Os diversos modos de manifestação do autismo também são designados de Espectro Autista, indicando uma gama de possibilidades dos sintomas do autismo.
Alguns mitos comuns sobre o autismo ainda permeiam o senso comum da sociedade, incluindo de alguns profissionais em educação. Um deles é de que pessoas autistas vivem em seu “mundo próprio” interagindo com o ambiente que criam e isto não é verdade. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada em seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela está desinteressada nessas brincadeiras ou porque vive em seu mundo, é porque simplesmente ela tem dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa.
Outro mito comum é de que quando se fala em uma pessoa autista geralmente se pensa em uma pessoa deficiente intelectual que sabe poucas palavras (ou até mesmo que não sabe nenhuma). A dificuldade de comunicação, em alguns casos, está realmente presente, mas como dito anteriormente nem todos são assim: é difícil definir se uma pessoa tem deficiência intelectual se nunca teve oportunidades de interagir com outras pessoas ou com o ambiente.

Psicólogo Gilson Cardoso
Diante desta realidade, constatamos a importância de três caminhos a serem conscientemente buscados: 
  • CONHECER a questão do autismo, 
  • ADMITIR a questão do autismo e 
  • BUSCAR APOIO e ORIENTAÇÃO de profissionais nas diversas áreas para convivermos com ela da melhor maneira possível para desenvolvermos adequadamente um trabalho educacional com essa crianças.
O primeiro profissional convidado para nos auxiliar nessa empreitada foi o Psicólogo Gilson Cardoso, do CAP, que prontamente e como sempre, atendeu nossa solicitação, realizando uma palestra aos professores no HEC do dia 21 de março.

Palestra do Psicólogo Gilson, no Laboratório de Informática

Veja abaixo um dos vídeos utilizados na apresentação:



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